Um ano da morte de advogado no Centro: DH prende quatro presos e investiga Adilsinho como mandante

 

A execução do advogado Rodrigo Crespo, de 42 anos, em plena luz do dia, na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio, completou um ano nesta quarta-feira (26/02). O crime ocorreu na calçada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), próximo ao Ministério Público e à Defensoria Pública, e chamou atenção pela ousadia do matador, que, encapuzado, saltou de um carro às 17h16 e disparou mais de 20 vezes contra a vítima.


Nas primeiras semanas após o crime, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prendeu o policial militar Leandro Machado da Silva, Cezar Daniel Mondego de Souza e Eduardo Sobreira de Moraes, que serão levados a júri popular até o primeiro semestre deste ano. A análise de imagens de câmeras de segurança desde o local do crime até a Barra da Tijuca e Duque de Caxias permitiu à polícia traçar o percurso dos réus. Segundo a investigação, Machado teria providenciado os carros usados na execução, enquanto Mondego e Sobreira foram responsáveis pelo monitoramento do advogado.


Recentemente, ao investigar o assassinato do comerciante Antônio Gaspazianne Mesquita Chaves, ocorrido em 9 de junho do ano passado, os agentes descobriram que mais um suspeito teria atuado no monitoramento de Rodrigo. Embora os dois homicídios, num primeiro momento, parecessem não ter ligação, a extração de dados do celular de Ryan Patrick Barboza de Oliveira — preso pela morte de Gaspazianne — revelou que ele também acompanhou a rotina do advogado pelo menos duas vezes.


Nos dois crimes, a polícia investiga a participação do contraventor Adilson Coutinho de Oliveira Filho, o Adilsinho, como mandante. No caso de Gaspazianne, o assassinato teria sido motivado pelo desvio de dinheiro das máquinas de caça-níqueis de Adilsinho, no Bar Parada Obrigatória, em Vila Isabel. O contraventor tomou a região de seu rival Bernardo Bello, que está foragido da Justiça por homicídios e organização criminosa.


Já a morte de Rodrigo segundo a polícia esta relacionada ao seu interesse em criar sua própria bet, mas quem nós aqui do Contravenção 2000 sabemos que não foi esse a verdadeira motivação até porque se este fosse um motivo teria assassinatos em massa pois até a gente tem nossa "BET" . A informação que temos que foi um crime "passional", Rodrigo atuava como advogado na área de apostas online e escrevia artigos sobre o tema. A vítima chegou a sondar um amigo, dono de uma casa de pôquer em Botafogo, na Zona Sul do Rio, para saber se ele teria interesse em se tornar seu sócio na abertura da plataforma de apostas, como já falamos várias pessoas tem plataformas online , assim como eu e vários conhecidos já temos.


No homicídio de Rodrigo, Adilsinho aparece como suspeito não apenas pelo envolvimento de Ryan nos dois monitoramentos, mas também porque Machado alugou um carro na mesma locadora utilizada por outros policiais militares suspeitos de trabalharem para o contraventor. Além disso, imagens de câmeras de segurança apreendidas pela DHC mostram um dos réus visitando Adilsinho em seu prédio.


No dia 26 de fevereiro do ano passado, por exemplo, Ryan, conhecido como "Motinha" ou "Visão", permaneceu até as 11h na Avenida Marechal Câmara, em frente ao prédio onde Rodrigo trabalhava. Ele foi substituído por Machado e Mondego, que mantiveram o monitoramento até o período da tarde, quando o matador de aluguel assumiu sua posição e executou a vítima. Rodrigo costumava comprar seu lanche em um veículo estacionado na calçada em frente ao seu local de trabalho. Foi nesse momento, quando caminhava em direção ao vendedor, que o assassino atacou o advogado.

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