Lava Jato do PCC’ põe pastores, sertanejo, empresários e patrono do Salgueiro na mira da PF
Novas provas da Operação Mafiusi, reunidas a partir das revelações de novo delator, desnudam complexa rede de transações financeiras milionárias que indicam lavagem de dinheiro e citam Valdemiro Santiago, Gusttavo Lima e Adilsinho; defesa de acusado de ser concierge do PCC diz que ele é inocente, a do cantor afirma que transação que o liga à investigação é referente à compra de aeronave; as demais não se manifestaram.
Siga o dinheiro. A estratégia usada há mais de 50 anos pelos especialistas no combate à criminalidade organizada está no centro do trabalho da Polícia Federal que vasculhou a rede de transações financeiras milionárias mantidas pelo empresário Willian Barile Agati, o “Concierge do PCC”. As movimentações bancárias rastreadas pelos federais na Operação Mafiusi - investigação que espreita elos do Primeiro Comando da Capital (PCC) com as máfias italiana e albanesa - confirmaram as revelações de um outro empresário, Marco José de Oliveira, o mais novo delator do PCC. Entre um emaranhado de grandes cifras que transitaram pelo sistema bancário em contas de pessoas jurídicas usadas pela facção, surgiram os nomes do pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, do bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, patrono da escola de samba Salgueiro, do Rio, e do cantor sertanejo Gusttavo Lima - cotado para sair candidato a vice do governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) na disputa à Presidência em 2026.
Eles teriam movimentado recursos no bojo do “sistema financeiro paralelo” do crime organizado, segundo relatórios da PF aos quais o Estadão teve acesso. A PF não os incluiu no rol dos primeiros indiciados, mas todos deverão ser chamados para depor nos autos da Operação Mafiusi. Na primeira leva, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 14 pessoas na primeira fase da investigação. O inquérito prossegue com foco em operações de lavagem de dinheiro.
A reportagem procurou as defesas dos citados. O Estadão pediu manifestação da assessoria do pastor Valdemiro. Também entrou em contato com o jurídico da Igreja Mundial do Poder de Deus. O criminalista Eduardo Maurício, que representa Willian Agati, preso desde janeiro, afirma que seu cliente “é inocente, um empresário honesto”. O cantor Gusttavo Lima nega irregularidades e afirma que a transação citada na investigação é referente à compra de uma aeronave (leia ao final do texto a íntegra da manifestação do advogado e da assessoria do cantor). Outros não retornaram. O espaço está aberto.
A Operação Mafiusi está sob tutela da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, a mesma que abrigou a polêmica Operação Lava Jato, investigação que desmontou um sólido esquema de propinas e cartel instalado em diretorias estratégicas da Petrobras entre 2003 e 2014 e que levou à prisão doleiros, empreiteiros e políticos, inclusive o presidente Lula.
A Lava Jato ficou marcada por uma sequência jamais vista de delações premiadas de “arrependidos” que devolveram pelo menos parte de fortunas embolsadas ilicitamente.
Assim como a Lava Jato, a Operação Mafiusi foi turbinada pelas informações de um delator, Marco José de Oliveira. Seus relatos, segundo investigadores, são decisivos para vedar o canal de irrigação de dinheiro ilícito do PCC.
As informações de Marco Oliveira provocam abalos no PCC, assim como um outro delator, Antônio Vinícius Gritzbach - executado a tiros de fuzil, em novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo.
Um fato corriqueiro, a rotina de doleiros em Brasília e no Paraná, deu vida à Lava Jato. A Mafiusi também começou com um fato trivial, o tráfico de drogas via porto de Paranaguá, no Paraná. Dali, os investigadores descobriram a rede de crimes transnacionais patrocinados por uma aliança formada pelo PCC, a Máfia dos Bálcãs e a ‘Ndrangheta, organização criminosa da Calábria, no sul da Itália. Braços poderosos do crime se uniram para viabilizar remessas de toneladas de cocaína para a Europa.
Em três anos de investigações, os federais chegaram à autoria de quatro assassinatos - parte de uma vendeta em razão do roubo de cocaína. Também descobriram os detalhes da tentativa de resgate de Gilberto Aparecidos do Santos, o “Fuminho” - braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefão do PCC -, que estava preso em Moçambique. E, ainda, bateram de frente com uma encorpada “lavanderia” de dinheiro da facção em empresas de ônibus de São Paulo, na esteira da venda de combustíveis, agrotóxicos, bebidas, carros de luxo e até jogadores de futebol.
Ao concluir o seu mais novo relatório enviado à Justiça, o delegado Eduardo Verza, do Grupo de Especial de Investigações Sensíveis (GISE), da PF do Paraná, escreveu que “a análise minuciosa das transações financeiras, das empresas e dos indivíduos envolvidos no caso de Willian Barile Agati revela a existência de uma organização criminosa com ramificações nacionais e internacionais”.
Na avaliação do delegado, o “modus operandi desta organização utiliza técnicas sofisticadas de estratificação de empresas de fachada e pessoas físicas para ocultar a origem ilícita dos recursos e dificultar o rastreamento das atividades ilícitas”.
Segundo Eduardo Verza, as empresas creditam valores de diferentes ramos do comércio e da indústria e fazem o mesmo com os débitos para ocultar operações ilegais.
“Esse esquema se aproveita da utilização de contas correntes de pessoas físicas e jurídicas para realizar operações de compensação que misturam as operações ilegais com as legais, criando um sistema financeiro paralelo”, diz.
O delegado destaca que, nesse sistema, pessoas físicas e jurídicas “emprestam” suas contas correntes para movimentar valores do tráfico, recebendo em troca uma porcentagem do negócio. As empresas da rede de lavagem de dinheiro. As empresas da rede que teria sido criada por Willian Agati estão localizadas em várias cidades. Entre essas companhias, segundo a PF, as atividades econômicas variam desde o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios até serviços combinados de escritório e apoio administrativo.
Foi atrás das movimentações de três dessas empresas - a First Agência de Viagens e Turismo, a Engemaxx Engenharia Consultoria e a Burj Motors - que os federais acreditam ter feito suas maiores descobertas. Os primeiros nomes identificados pelos federais como supostos integrantes do núcleo de pessoas jurídicas que negociavam com as empresas de Agati foram o Banco Neman e a Bidu Cobranças e Investimentos - esta já havia sido investigada sob suspeita de lavar dinheiro da cúpula do PCC.
O rastreamento da PF indica duas das principais protagonistas do caso, a Starway Locação de Veículos e a Starway Multimarcas, que, juntas, movimentaram R$ 454,3 milhões entre 2020 e 2023.
Fundada em 1998, a Starway tem Klaus Cristhian Volker como responsável. Seu capital social é de R$ 800 mil. Ela é classificada como microempresa na Receita. Seu endereço fica em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Teria nove filiais, mas em seus endereços declarados não funciona nenhum banco nem qualquer atividade econômica. Tem apenas dois funcionários registrados. Para a PF, isso indica que a Starway seria uma empresa de fachada. “Essa suspeita é reforçada pelos fatos envolvendo a apreensão de veículos na residência de Willian Barile Agati”, pontua o delegado Eduardo Verza.
A Starway Multimarcas, por sua vez, é uma empresa individual, também com sede em São Caetano. Fundada em 2020, é considerada de pequeno porte, com capital social de R$ 350 mil.
Ao todo, a Starway Locação girou R$ 401.481.715,91 em 17.560 movimentações. A Starway Multimarcas movimentou R$ 52.861.389,86 em 2.463 operações no sistema paralelo financeiro da organização.
Entre os CNPJs que mantiveram ligações com a Starway está o da Igreja Batista Avivamento Mundial, sediada em Salvador. O responsável pela igreja, segundo a PF, é o bispo Bruno Leonardo Santos Cerqueira. A Igreja fez sete transferências para a Starway - somadas elas chegaram a R$ 2,225 milhões. O mapeamento da Operação Mafiusi mostra que as movimentações financeiras começaram em 6 de agosto de 2021, com um valor de R$ 635 mil, e se encerraram em 5 de abril de 2022. Tudo sem que houvesse uma justificativa plausível, crava a PF.
A empresária e as relações com Agati e o cantor sertanejo
A Starway teria uma frota de 50 veículos. Com base nesse número, a PF fez um cálculo: se cobrasse uma diária média de R$ 500 pelos carros que estivessem alugados durante os 365 dias no ano, o faturamento da empresa - durante três anos - bateria em aproximadamente R$ 27,375 milhões, muito abaixo dos R$ 400 milhões movimentados no período.
Verificando as contas da Starway, a PF chegou ao nome da empresária Maribel Schmitz Golin. Nesse ponto da engrenagem do sistema financeiro paralelo do crime organizado a PF encontrou citações a Valdemiro Santiago, Gusttavo Lima e Adilsinho.
Maribel surge como representante legal da Aeroplan Aviação Ltda e de outras quatro empresas. Nenhuma delas tem funcionários registrados. Maribel, responsável pelas empresas, informou à PF que a movimentação financeira do grupo seria originária da comercialização de imóveis e outros bens, como máquinas e aeronaves.
A PF identificou diversas “ocorrências” financeiras relacionadas a operações atípicas em contas de clientes que negociam bens de luxo e de alto valor em razão de as movimentações de valores serem incompatíveis com o faturamento mensal das pessoas jurídicas. Consta ainda o recebimento de depósitos de diversas origens sem fundamentação econômico-financeira e pagamentos ou transferências para fornecedores distantes do local de atuação da pessoa jurídica, também sem justificativa.
É crucial enfatizar que Maribel Schmittz Golin mantém uma relação próxima com Willian Barile Agati”, afirma o delegado. Para ele, as circunstâncias analisadas “sugerem fortemente a ocorrência de lavagem de dinheiro clássica, relacionada a imóveis”. “Por exemplo, as diferenças significativas entre os valores de avaliação fiscal e os valores declarados nas transações envolvendo esses indivíduos levantam suspeitas de atividades ilegais”, anota Eduardo Verza.
Entre 2020 e 2022, as movimentações bancárias de Maribel Golin e de suas empresas somaram R$ 1,426 bilhão. “Segundo cálculos realizados, as fontes de receita declaradas de Maribel representam apenas 3,44% do valor total movimentado em sua conta bancária”, assinala o delegado. Ele analisou as origens e destinos das movimentações financeiras das 35 maiores pessoas jurídicas e físicas relacionadas às empresas de Maribel, entre elas a Balada Eventos e Produções Ltda, que ocupa o 6º lugar na lista, com repasses no valor de R$ 57.507.526,12 para a JBT. Empreendimentos, uma das empresas de Maribel. As transferências começaram em 24 de junho de 2022.
A PF constatou ainda que há sete empresas registradas no mesmo endereço da Balada Eventos, que tem dois sócios: a NR Empreendimentos, cujo dono é o cantor Gusttavo Lima, e o próprio sertanejo. “Ao realizar consultas aos sistemas cartoriais disponíveis e outros sistemas congêneres, não foram identificadas escrituras públicas, documentos envolvendo relações comerciais ou notas fiscais referentes aos valores repassados entre as empresas mencionadas”, registra a PF. Segundo os federais, “fica evidente que o fluxo financeiro observado não condiz com o padrão usual de transações envolvendo pagamentos de cachês ou atividades similares”.
“Essa situação corrobora o que foi esclarecido anteriormente sobre a prática de lavagem de dinheiro, supostamente conduzida pela quadrilha de Willian Barile Agati, conforme mencionado no Relatório nº 123/2023 - GISE/PR”, concluiu o delegado.
As revelações do delator do PCC e o pastor Valdemiro Santiago
Além de mapear o dinheiro de Agati, os federais seguiram outro caminho para encontrar Maribel: a delação premiada do empresário Marco José de Oliveira. Segundo ele, Maribel é parente do empresário Joselito Golin, que lavaria dinheiro com o pastor Valdemiro Santiago. O delator disse à PF que “Willian Barile começou a andar com um pecuarista muito forte, o nome é Joselito Golin, apelido Paulo Golin, um dos maiores pecuaristas de Mato Grosso”
.“Esse cara é cinquenta vezes maior que o ‘Cabeça Branca’, ele é sócio de uma das maiores agroindústrias que existe, é produtor de drogas e lava dinheiro”, denuncia Marco José de Oliveira.
“Cabeça Branca” é o fazendeiro Luiz Carlos da Rocha, preso em 2017, apontado como o maior traficante de drogas do País. Na delação, Marco Oliveira afirmou que Joselito Golin esquenta dinheiro dentro da igreja do pastor Valdemiro Santiago. Ele relatou como Golin e Agati teriam ajudado o pastor.
“O pastor Valdemiro Santiago não tinha Certidão Nacional de Débitos (CND), ele deve muito ao Fisco. Os aviões dele, então, não poderiam ser transferidos porque pela legislação da Anac, não se pode vender um bem a partir de R$ 50 mil e não se ter a CND. Willian Agati e Joselito Golin pegaram os aviões do Valdemiro Santiago e transferiram todos os aviões abaixo dos R$ 50 mil.”
Segundo o delator, Agati assumiu a posse de diversos aviões do pastor, pois tinha uma boa relação de negócios com ele. “Observe que o montante financeiro envolvido nas transações mencionadas totaliza R$ 24.656.085,94″, frisa o delegado.
Essas transações estão registradas no Relatório de Inteligência Financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O documento cita transações envolvendo a empresa Interteve Serviços Ltda e a Jet Wings Táxi Aéreo em conexão com a Igreja Mundial do Poder de Deus, dirigida por Valdemiro.
”É importante ressaltar que Maribel e suas empresas realizaram diversos pagamentos e transferências para as empresas citadas”, diz relatório da PF. “No entanto, não há documentos fiscais que comprovem tais transações. Conforme as movimentações bancárias e as informações fornecidas pelo colaborador (Marco Oliveira), é plausível inferir que as afirmações sobre o possível envolvimento de Joselito Golin, por meio de Maribel Golin, na lavagem de capitais provenientes do narcotráfico internacional, possam ser verdadeiras.”
A revelações do novo delator do PCC permitiram à PF descobrir as senhas por meio das quais foram acessadas comunicações de Willian Agati e de mafiosos estrangeiros combinando o envio de toneladas de cocaína para a Europa. Os arquivos de Agati mostram, ainda, diálogos e informações sobre assassinatos e lavagem de dinheiro do PCC.
As mensagens trocadas por meio do aplicativo Sky ECC estavam em poder da Polícia da Itália. Daí por que a PF empresta tanta credibilidade à palavra do delator.
Em 20º lugar na lista de empresas que transacionaram com Maribel e suas empresas está a ID TV S.A. Ao todo, foram detectadas operações que chegaram a R$ 10,26 milhões. “É relevante destacar que a ID TV é um canal de televisão responsável pela transmissão de programações e, atualmente, é afiliada à Rede Mundial, emissora pertencente ao pastor Valdemiro Santiago.”
Patrono do Salgueiro na rede do sistema financeiro paralelo
As duas últimas empresas do ranking das 35 maiores parceiras de Maribel são a Adiloc Comercial Distribuidora e seu sócio Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, patrono da escola de samba Salgueiro.
Adilsinho é suspeito de ser mandante de assassinatos, como o de Marco Antônio Figueiredo Martins, o “Marquinhos Catiri”, homem de confiança do bicheiro Bernardo Bello, além de ser apontado como um dos chefes do contrabando de cigarros. Sua empresa está localizada na Barra da Tijuca. “Contudo, não foram identificados documentos fiscais que comprovem a transação financeira (com Maribel)”, diz a PF.
Segundo o delegado, atualmente, a empresa não tem funcionários registrados e opera com o nome fantasia Adiloc Distribuidora de Cigarros. “No entanto, seu Cadastro Nacional de Atividade Econômica principal é relacionado a Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo, e como atividade secundária, ao comércio atacadista de cigarros, cigarrilhas e charutos.”
Diagrama montado pela PF revela que Maribel recebeu um total de R$ 9.261.720,00 de Adilsinho, sendo R$ 4.944.120,00 da Adiloc e R$ 4.317.600,00 diretamente do próprio bicheiro. “Por fim, vale salientar que Adilson Oliveira responde a diversos inquéritos policiais federais pelos crimes de contrabando e descaminho, previstos no artigo 334 do Código Penal (descaminho).”
A PF consignou nos autos da Operação Mafiusi que identificou transações envolvendo Maribel Golin e Willian Barile Agati no valor de R$ 20, 656 milhões e também entre a empresária e a First Agência de Viagens e Turismo (de Willian Agati) no montante de R$ 3,334 milhões. Uma outra operação entre Maribel e a Starway Locação de Veículos Ltda foi realizada no valor de R$ 137 mil. “É importante ressaltar que o fluxo financeiro ocorre das empresas em direção a Maribel Golin”, salienta a PF.
Cerca de 22 mil transações financeiras relacionadas aos titulares das empresas foram identificadas. Uma empresa destacada no relatório da Operação Mafiusi trabalha com onze produtos químicos usados para o refino de cocaína - ácidos clorídrico e sulfúrico, hidróxidos de sódio e de potássio, éter e metiletilcetona. ”Dessa forma, os indícios apresentados ao longo deste relatório apontam para a possibilidade de que as transações financeiras realizadas por Maribel Golin e suas empresas estejam envolvidas em atividades de lavagem de dinheiro”, sustenta a PF.
COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA EDUARDO MAURÍCIO, QUE DEFENDE WILLIAN AGATI
“Willian Barile Agati é um empresário idôneo e legítimo, primário e de bons antecedentes, pai de família, que atua em diversos ramos de negócios lícitos, nacionais e internacionais, sempre com ética e seguindo as Leis vigentes e os bons costumes.
Willian Agati é inocente e isso ficará provado ao final do processo. Agora a defesa vai impetrar habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça requerendo a revogação da sua prisão preventiva, que é ilegal e abusiva e lhe causa evidente constrangimento ilegal, já que se colocou à disposição da Polícia por livre e espontânea vontade, a fim de colaborar com a justiça na busca da verdade real dos fatos, por não estarem preenchidos os requisitos mínimos e por não existir justa causa para a manutenção da prisão preventiva.
Além disso, importante frisar que Willian não é autor de nenhum crime. A investigação afirma ser ele autor de delitos com base em ilações sem qualquer fundamento, baseadas em conversas telefônicas no telefone criptografado SKY ECC, prova manipulada e nula de pleno direito, que fere a cadeia de custódia da prova, lei de interceptação telefônica e normas e princípios constitucionais, sendo certo que Willian nunca utilizou esse tipo de telefone.”
COM A PALAVRA, GUSTTAVO LIMA
“A Balada Eventos, empresa que administra a carreira artística do cantor Gusttavo Lima, esclarece que adquiriu uma aeronave da empresa JBT EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EIRELI, através de seus representantes legais (família Golin), em junho de 2022. Essa foi a única negociação realizada entre a Balada Eventos e a empresa JBT. A operação ocorreu de forma legal, com contrato de compra e venda formal, devidamente registrado na ANAC.
Não conhecemos a pessoa de Willian Barile Agati. Devendo tal informação ser requisitada junto a família Golin.
Sobre o questionamento de numerosas empresas registradas no mesmo endereço, esclarecemos se tratar de um prédio comercial, com várias salas comerciais. Cada empresa ocupa uma sala. É totalmente inverídica a informação de que há sete empresas no mesmo endereço.”
COM A PALAVRA, O ADVOGADO CARLOS ALBERTO PIRES, QUE REPRESENTA MARIBEL E A JBT
“A defesa da empresa JBT EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA. vem informar que:
1. Sua representante legal não possui e nunca possuiu ’relação próxima’ com WILLIAN BARILE AGATI;
2. A relação da JBT com WILLIAN BARILE AGATI foi apenas comercial;
3. O juízo da 23ª Vara Criminal de Curitiba já reconheceu – em sentença transitada em julgado (Embargos de Terceiro Criminal n.º 5058194-36.2022.4.04.7000) – a boa-fé da empresa JBT, sua capacidade econômica e a licitude dos negócios jurídicos celebrados com WILLIAN AGATI. Também reconheceu que a JBT é parte estranha/alheia aos fatos investigados pela Polícia Federal.
4. Todas as movimentações bancárias da empresa e de sua representante legal têm e sempre tiveram origem lícita.”
COM A PALAVRA, OS DEMAIS CITADOS
A reportagem pediu manifestação de Valdemiro Santiago e busca contato com Adilson Oliveira Coutinho Filho. O espaço está aberto para manifestação.
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