O dia que tentaram assaltar um dos maiores bicheiros do Rio de Janeiro
Os ladrões tiveram uma reação surpreendente assim que reconheceram o bicheiro.
Castor de Andrade foi um dos bicheiros mais poderosos da história do Rio de Janeiro, conhecido como o chefão da alta cúpula do jogo na cidade.
Além de ser famoso por causa da contravenção, Castor atraía a mídia como um dirigente do Bangu Atlético Clube e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.
Durante uma entrevista com Jô Soares em 1991, ele contou que um dia foi abordado por ladrões que queriam roubar sua casa:
“Fui surpreendido às onze horas da noite quando fui fechar o portão de uma casa de veraneio, o sujeito me apontou o revólver e em seguida apontou a arma para o segurança que estava na casa.”
Em vez de reagir com medo, o bicheiro conta que manteve a calma e começou a tranquilizar o assaltante:
“Pediu a ele para ter calma, porque ele realmente tinha chegado ao lugar certo. Se o problema dele era dinheiro e joias, tinha ido ao lugar ideal de forma que ele não deveria se preocupar”.
Enquanto os criminosos entravam na casa reconheceram Castor e tiveram uma reação surpreendente:
“Convidei ele a entrar e o outro comparsa acompanhou, quando chegou o terceiro ficou surpreso e disse ‘meu Deus do céu, é a casa do doutor Castor, vamos embora que pintou sujeira’, pediram desculpa e foram embora. Não contestei a saída deles”
A história mostra o poder e a influência dos bicheiros na época, capazes de intimidar até mesmo assaltantes.
Os contraventores transformaram o jogo do bicho em uma máquina criminosa sofisticada, com redes de corrupção que subornavam policiais, políticos e juízes, enquanto controlavam territórios inteiros com punho de ferro.
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