Justiça desmembra processo de um dos réus por morte de advogado no Centro do Rio em 2024
Investigação aponta que Cezar Daniel Mondego monitorou Rodrigo Crespo antes da morte. Júri popular de Leandro Machado e Eduardo Sobreira, que também respondem pelo crime, ainda não foi marcado.
A Justiça do Rio determinou que Cézar Daniel Mondêgo, um dos réus presos por participação no assassinato do advogado Rodrigo Crespo em 2024, seja julgado em um processo separado dos outros dois acusados.
Além de Cezar Daniel, respondem pelo mesmo crime dois suspeitos que também irão a júri popular, ainda sem data marcada:
Leandro Machado da Silva: policial militar que, segundo as investigações, providenciou os carros usados no crime.
Eduardo Sobreira Moraes: É apontado pela polícia como o responsável por seguir os passos de Rodrigo, dirigindo o carro para Cezar enquanto acompanhavam a movimentação da vítima antes do assassinato.
As investigações da Delegacia de Homicídios colheram indícios de que Mondego, que tinha supostamente a função de “Visão” na organização criminosa responsável pelo crime: monitorar as potenciais vítimas de uma quadrilha de matadores de aluguel.
No processo, a defesa de Mondêgo, feita pelo advogado Bruno Castro, chegou a pedir que ele fosse impronunciado, ou seja, que não fosse levado a júri popular. No entanto, após conversar com o cliente, o advogado pediu que o processo de Mondego fosse desmembrado, o que foi aceito pelo juiz Cariel Bezerra Patriota.
“A decisão de não seguir com o recurso foi tomada em conjunto com o cliente, o que, todavia, não quer dizer que concordamos com a decisão de pronúncia. Pelo contrário. Será demonstrado no júri que não havia por parte dele qualquer intenção de participar de um crime de homicídio - ou qualquer outro", afirmou Bruno Castro.
Na quarta-feira, a Delegacia de Homicídios da Capital e o Gaeco do Ministério Público fizeram uma operação que cumpriu mandados de busca e apreensão contra suspeitos de terem executado o advogado. Dois PMs foram presos em flagrante.
O grupo, segundo a polícia, trabalha para uma organização criminosa ligada à máfia de cigarros e ao jogo do bicho, mais especificamente ao bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho.
Mondego aparece em anotações no celular de "Sem Alma" com a expressão "Visão"
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